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ORIENTAÇÃO DE LEITURAS E AUTORES

Aqui neste espaço indicamos alguns bons livros para uma leitura edificante, bem como autores renomados e de grande confiança que relatam sobre a Umbanda de forma fiel, digna e construtiva. Boa leitura!

Autores:

  • Norberto Peixoto

  • André Cozta

  • Alexandre Cumino

  • Rubens Saraceni

  • Robson Pinheiro

  • José Cavalcante de O. Maia

Grifos do Passado

No Livro Grifos do Passado, Pai Fernando conta sua história desde a infância, a passagem pelo  Espiritismo, até ser cruzado Pai de Santo na Umbanda.

Conta com naturalidade os seus sentimentos e o que os Espíritos lhe ensinaram.

Direitos autorais reservados a Casa do Pai Maneno

Livro dos Espíritos

Os bons Espíritos nos convidam ao bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação; os maus nos convidam ao mal: é para eles um prazer ver-nos sucumbir e cair no seu estado.

Direitos autorais reservados a Federação Espirita Brasileira

Livro dos Médiuns

Reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo”.

Direitos autorais reservados a Federação Espirita Brasileira

NOSSAS MÃES AFRICANAS

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

 

Eis aqui a escrava do Senhor, cumpra-se em mim segundo a sua palavra.

Esta é a forma com a qual Maria, a mãe de Jesus, responde ao mensageiro celeste que lhe vem anunciar a concepção da criança.

Estranho se posicionar como escrava quem foi escolhida para ser a excelsa mãe de Jesus. Basta uma pequena reflexão, no entanto, para verificarmos como a expressão está adequada.

Recordamos de tantas escravas, ao longo da História, que se transformaram em auxiliares indispensáveis dos seus senhores.

Escravas cujos nomes acabaram associados aos seus próprios senhores.

No Brasil, lembramos das escravas africanas que serviram ao homem branco. Muitas delas não somente carregaram o sinhozinho nos braços mas o alimentaram com o próprio seio.

Tornaram-se suas segundas mães, acompanhando-os mesmo depois de crescidos, na formação do novo lar, a atender-lhes os filhos, como uma avó.

Avó de cor. Avó de amor.

Amas de leite que, por vezes, tinham seu próprio rebento afastado dos braços, a fim de que sobrasse mais alimento dos seus seios para o filho branco.

E, por não terem o seu bebê nos braços, por terem a saudade a lhes magoar a alma, por sentirem falta do seu filhinho, drasticamente afastado de seu carinho, dedicavam-se ao filho da alheia carne.

O filho do sinhô, o filho da sinhá.

Quem poderá esquecer como essas mães alimentaram, não somente o corpo, mas a imaginação e a mente das crianças sob sua guarda?

Quantas histórias das suas longínquas terras, das tradições de sua gente povoaram as noites daqueles meninos e meninas atentos, ao redor do fogo, no terreiro...

Ou no aconchego da casa grande, ao pé do fogão.

Quantos mingaus, cozidos, temperos foram acrescentados ao cardápio diário.

Aprendendo a língua de quem as tinha sob seus serviços, introduziram palavras diferentes no vocabulário dos pequenos.

E para os acalmar, nas noites de medo, elas cantavam as melodias com que foram elas próprias acalentadas em sua infância.

E, enquanto a saudade as consumia intimamente, também lembravam em versos das riquezas de sua terra natal, de melodias, de danças, de cantorias.

Recordavam dos dias de alegria, quando a liberdade lhes sorria e o futuro era sonhado, nas tardes quentes e nas noites mornas.

Escravas mães. Mães escravas.

Benditas sejam por todos os cuidados dispensados ao homem branco, por sua capacidade de amar o filho alheio.

Benditas sejam por sua grandeza, por sua dedicação, pela contribuição à cultura do povo que as escravizou.

Que nunca esqueçamos o quanto devemos a essas criaturas pois se a escravidão as mantinha presas a tarefas determinadas, foi de forma voluntária que entregaram em holocausto ao amor o próprio coração.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 22 e
no livro Momento Espírita, v. 11, ed. FEP.
Em 11.5.2017.

Sugestões de Leituras Umbanda | Pai João de Aruanda

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